O vírus vai passar, nossa relação com o intangível, não. Nenhum novo normal vai tapar o buraco da incompletude humana escancarada nessa pandemia. Sabemos muita coisa, podemos muita coisa, mas não será suficiente para sabermos tudo, para podermos tudo. Nosso progresso jamais abolirá a surpresa, o acaso. Assim pensando, só nos resta desejar que o defensivo, reacionário e acomodativo novo normal, não nos coloque de volta no congelador das comidas prontas para requentar. Que não percamos a oportunidade de sendo mais anormais, sejamos responsavelmente criativos e criadores de um novo mundo.